Luz de palco ou iluminação teatral é o sistema de luzes que desempenha, no palco, diversas funções de efeito artístico. São instrumentos luminosos usados não apenas no teatro, mas em espetáculos diversos como balés, óperas, shows musicais, etc.
Índice [esconder] o 2.2 Cor |
[editar]Objetivos e princípios
A iluminação de palco é usada para a consecução de vários princípios e metas:
§ Iluminação - permite que o espectador veja o que está se passando no cenário ou, ainda, iluminar partes dele e escurecendo outras, a fim de ocultá-las ao público;
§ Destaque de cenário - faz com que certas formas tridimensionais seja destacadas;
§ Foco - dirige a atenção da audiência para um ponto determinado, em detrimento do restante do palco;
§ Colorido - permite que o momento cenográfico seja acentuado. Uma tonalidade vermelha produz efeitos completamente diversos de um verde, junto à assistência, criando um ambiente emocional;
§ Espaço e tempo - permite efeitos que criam ilusão de mudanças de tempo e local entre as cenas. Pode, por exemplo, simular um luar, um pôr-do-sol;
§ Elementos de projeção - as luzes podem servir para projetar cenários ao fundo.
§ Enredo - a luz pode integrar o próprio enredo, ativando efeitos como raios, piscar de luzes, etc., integrado na própria ação;
§ Composição - a iluminação pode integrar a própria cenografia, realçando ou ocultando elementos.[1][2]
[editar]Qualidades essenciais
As quatro principais qualidades que uma luz de palco deve possuir são: intensidade, cor, padrão e foco.
[editar]Intensidade
A intensidade é medida em lux, lúmens ou velas. Para qualquer luminária (instrumento ou instalação de iluminação), isso depende do potencial de cada lâmpada, do desenho do instrumento (e sua eficiência), da presença ou ausência de filtros coloridos, distância da área a ser iluminada e o ângulo em que foi instalado, a cor ou substância a ser iluminada, e ainda da relação neuro-óptica da cena total (ou seja, o contraste relativo com outras regiões de iluminação).[2]
[editar]Cor
A cor é medida em Kelvins, e os geles coloridos são organizados por sistemas variados de acordo com cada fabricante. A cor aparente de uma luz é em grande parte determinada pelo gel colorido usado nela, mas também em grande parte pelo poder de luminosidade da lâmpada e da cor do material que está sendo iluminado.[2] O percentual de poder de uma lâmpada varia com a sua potência, o filamento de tungstênio do bulbo emite uma coloração mais alaranjado do que branco quanto maior sua potência; assim, um aparelho de 1.000 watts emitirá uma luz 50% mais alaranjada que uma de 500 watts.[2]
[editar]Padrão
Ver artigo principal: Gobo (iluminação)
Um gobo com este formato (à esquerda), numa instalação com gel vermelho, produzirá um padrão semelhante ao mostrado à direita. |
O padrão diz respeito à forma, qualidade e igualdade de produção de luminosidade por uma lâmpada. O padrão de luz que um instrumento produz é determinado por três fatores, principalmente: o primeiro diz respeito às especificidades de uma lâmpada, refletor e lentes de projeção. Diferentes posições de montagem da lâmpada (axial, de baixo para cima, de cima para baixo), tamanhos diferentes e formas do refletor e natureza da lente (ou lentes) usada afetam o padrão da luz. Em segundo, as particularidades de como a luz é focalizada altera o padrão. Em refletores de holofotes elipsoidais ou holofotes de perfil, há duas fontes de luz sendo emitidas da lâmpada. Quando os cones de ambas se cruzam na distância da fonte (a distância do palco), a lâmpada produz um efeito "duro" na extremidade. Quando os dois cones de luminosidade não se cruzarem no caminho até o destino, o efeito na extremidade será mais "suave". Os gobos atuais usam folhas de metal que são inseridos no instrumento próximo de sua abertura, e o resultado costuma ser mais suave quando refletido e não emitido diretamente no alvo.
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