segunda-feira, 27 de junho de 2011

PROGRAMA BÁSICO DE ILUMINAÇÃO CÊNICA-" Continuação"

Iluminação lateral

Com relação à luz lateral, para esse tipo de teatro, devemos construir torres de madeira ou perfil de metalon (conforme desenho) que deverão ser colocadas de 2m em 2m em cada lado das coxias.

Cabine de controle de iluminação: equipamentos e especificações gerais

Com relação à cabine de controle de iluminação no teatro, devemos observar alguns pontos importantes: A chave geral da iluminação cênica deve ser localizada na cabine de controle e não deve ser acoplada a ela nenhuma outra fonte de consumo que não seja o equipamento de iluminação cênica. Deve ser um disjuntor trifásico de 150A por fase ou uma chave trifásica, blindada, com trava de proteção e fusíveis de 150A / 250V cada. A luz de platéia deve ter condição de também ser atenuada através da mesa de luz (dimmers) ou através de atenuadores individuais comandados na cabine de controle de iluminação. A luz de serviço deve ter duas configurações: uma no meio do palco (aérea), para trabalhos de montagem, e outra frontal ao palco, para ensaios de espetáculos. O apoio para a mesa de luz deve ser uma bancada com espaço suficiente para comportar também roteiro de iluminação, tomadas de 220V e 110V (para equipamentos especiais); A visibilidade do operador de luz deve ser total. Portanto, deve-se pensar em janela de correr com visor panorâmico. Sua audição é fundamental. Logo, além de poder ouvir com a janela aberta é aconselhável ter um sistema de som monitor para audição com janela fechada; A cabine deve ter um espaço suficiente para colocação e operação de um canhão seguidor; A comunicação entre as várias áreas técnicas de um espetáculo deve ser feita através de intercomunicadores (telefones), localizados em pontos estratégicos; Os circuitos elétricos (linhas) devem vir de cada tomada até a cabine, onde passarão por um painel de proteção individual, através de disjuntores térmicos de disparo rápido, ou pequenos fusíveis de até 15A, antes de chegarem ao armário de dimmers ou PABX. Os fios dos circuitos elétricos devem ter a bitola de pelo menos 2,5mm2 e suas tomadas capacidade mínima 20A de carga cada, tripolares ou bipolares, de acordo com o sistema de instalação empregado; Com relação a mesa de luz, pensando numa forma muito econômica, pode-se adquirir uma mesa de apenas 12 canais. Mas sempre deverá ter capacidade mínima de 4000 watts de carga por canal e três pré-sets. Neste caso, pode-se fabricar um quadro de interruptores (pianinho), com o intuito de selecionar maior número de refletores num mesmo canal; Todas as fontes de consumo (luz de serviço, platéia, vigia, avisos luminosos - "não fume", "saída" - coxias, urdimento, varandas...) devem ter sua interrupção geral através de disjuntores térmicos localizados na cabine de controle de iluminação. Cada uma dessas fontes deverá ser interrompida ou acionada por interruptores comuns, ou se possível pequenos dimmers industriais.

Luz de emergência

Deve-se levar em consideração a instalação de uma luz de emergência em todo o teatro ou pelo menos em 2 pontos estratégicos: um na platéia e um no palco. Essa luz entrará em funcionamento, automaticamente, através de baterias, quando faltar energia elétrica.

Circuitos elétricos: distribuição no teatro

Com relação à quantidade e à distribuição de circuitos elétricos no projeto deste teatro hipotético, deve-se levar em conta os três eventos distintos numa semana e saber que quanto maior o número de pontos de força distribuídos, tanto maior será a segurança e a economia das companhias de teatro, pois serão menores as instalações improvisadas, com ligações fora das normas técnicas. Além disso, tornará mais ágil todo o processo de montagem de um espetáculo. Finalmente, deve ser lembrado o princípio de utilização de circuitos em número impar para varas de luz, porque é essencial que o centro fique livre para a montagem de refletores.

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